Introdução
Dimas o ladrão – A história da criminalidade e da marginalidade sempre floresce quando o Estado está fraco e/ou não tem vontade de aplicar suas leis. A Inglaterra medieval é um exemplo primordial disso, e é claro que é durante esse período que as histórias de Robin Hood surgem pela primeira vez, como evidenciado pelas alusões de William Langland às ‘rimas de Robyn Hode’ em A Visão de Piers, o Lavrador (c. 1377).
No entanto, deixe-me levá-lo ainda mais para trás do que o período medieval e adentrar no mundo antigo, para o tempo em que o Império Romano governava a Europa e o Oriente Próximo, e quando um jovem líder religioso estava causando tumulto na província um tanto atrasada da Judeia.
A maioria das pessoas estará familiarizada com a história das últimas horas de Jesus na Terra; ele havia sido preso no Jardim do Getsêmani; foi levado diante do Sinédrio; então levado para ser julgado por Pôncio Pilatos; e então a multidão exigiu seu sangue ordenando a Pilatos que o crucificasse. Jesus foi então ordenado a carregar sua cruz até o Calvário, onde seria crucificado.
Cravos foram martelados em suas mãos e pés e ele foi colocado na cruz. No entanto, Jesus não foi a única pessoa a ser crucificada naquele dia. O Evangelho de Lucas nos diz que de ambos os lados dele estavam dois ladrões. Um acreditava que Jesus era inocente de qualquer crime, enquanto o outro o provocava.
Sabemos muito pouco sobre os dois ladrões a partir dos quatro evangelhos canônicos, Mateus, Marcos, Lucas e João. No entanto, mais luz é lançada sobre sua identidade no Livro apócrifo de Nicodemos, que nos dá os nomes dos dois homens: Dimas e Gestas. Enquanto as fontes apócrifas nos dão os nomes dos dois ladrões executados com Jesus, sabemos pouco sobre seus crimes reais.
Uma coisa é certa, no entanto: eles não eram simplesmente ladrões como é sugerido por muitas traduções modernas em inglês que simplesmente usam a palavra “ladrão” ou “criminoso”. Em vez disso, é mais provável que os homens fossem bandidos ou salteadores.
Os bandidos antigos romanos eram uma classe à parte dos criminosos comuns. A justiça que lhes era concedida, se fossem pegos, era sumária. A punição variava de ser lançado a bestas selvagens no anfiteatro a ser queimado vivo ou crucificado. Embora a punição da crucificação tenha sido apresentada pelos estudiosos cristãos ao longo da história como um exemplo da brutalidade da punição dos romanos a Cristo, na verdade era uma punição bastante rara no Império Romano, o que sugere ainda mais que os homens crucificados ao lado de Jesus não eram simplesmente ladrões comuns, mas bandidos ou salteadores.
Conclusão
Apesar das medidas adotadas contra ela, a bandidagem continuou sendo um problema em todo o Império Romano, da Judeia à Britânia, e as três causas mais comuns de morte eram velhice, doença e ataques de bandidos. Viajar pelas estradas rurais de cidade em cidade representava a maior ameaça de entrar em contato com bandidos. Registros contemporâneos revelam que cidadãos romanos de alto status frequentemente simplesmente desapareciam se viajassem além dos muros da cidade sem proteção adequada. Outro sinal da ubiquidade dos bandidos na vida romana é o fato de “morto por bandidos” aparecer como uma inscrição em várias tumbas de cidadãos romanos.
Pouco mais se saberá sobre as vidas de Dimas e Gestas (e não há motivo convincente para duvidar de sua existência); enquanto Gestas era irrepreensível, Dimas parece ter tido uma consciência e talvez também possa ter sido um ladrão nobre arquetípico no estilo de Robin Hood ou Bulla Felix, o Robin Hood romano antigo.
Perguntas Frequentes sobre Dimas na Bíblia
1. Quem foi Dimas na Bíblia? Dimas foi um dos criminosos crucificados ao lado de Jesus Cristo.
2. O que sabemos sobre Dimas a partir dos textos bíblicos? Os evangelhos canônicos mencionam pouco sobre Dimas, mas o Livro de Nicodemos o identifica como um dos criminosos crucificados com Jesus.
3. Qual era o crime de Dimas? Os evangelhos não especificam o crime de Dimas. No entanto, ele é frequentemente retratado como um ladrão ou salteador.
4. Qual foi a interação de Dimas com Jesus na cruz? Dimas reconheceu a inocência de Jesus e pediu-lhe misericórdia, enquanto o outro criminoso o insultou.
5. Por que Dimas é relevante na história cristã? Dimas é lembrado como um exemplo de arrependimento e fé, pois reconheceu a inocência de Jesus mesmo na hora da morte.
6. Qual foi o destino de Dimas após a crucificação? A Bíblia não fornece informações sobre o destino específico de Dimas após a crucificação.
Referência Bíblica
Livros sugeridos
- “O Apóstolo do Senhor Crucificado” por Michael J Gorman
- “Paulo, o Apóstolo da Graça” por F. F. Bruce
- “Teologia de Paulo” por Thomas R. Schreiner
- “JESUS O SENHOR SEGUNDO O APOSTOLO PAULO” por Gordon Fee e Douglas Stuart
- “CRISTOLOGIA PAULINA” por GORDON D. FEE
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