Gênesis 1–11 (Como Interpretar)

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Por:Alexandre O. Franco

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Introdução

As primeiras seções do livro de Gênesis 1-11 são frequentemente objeto de debates contemporâneos sobre a idade da terra ou a historicidade do dilúvio. No entanto, uma leitura sábia desses capítulos exige que permaneçamos fiéis ao contexto original e ao público-alvo.

Gênesis 1–11 serve como prólogo ao Pentateuco, os cinco livros de Moisés entregues a Israel para orientá-los na fidelidade ao pacto na terra prometida.

Ao compreendermos a natureza e o propósito desses capítulos (algo alcançado ao fazer as perguntas certas), os cristãos contemporâneos são fortalecidos para resistir à tentação e perseguir nosso chamado no mundo como povo de Deus.

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A Abordagem de Leitura

Para sermos bons leitores — independente do texto que estejamos lendo — é crucial captar a mensagem que o autor deseja transmitir.

Em certas ocasiões, podemos estabelecer conexões que o autor não fez ou discordar de certos pontos, desde que sempre mantenhamos o respeito pelo autor ao nos atentarmos à sua intenção original.

Abordando a Bíblia

Quando lidamos com a Bíblia, nossa abordagem é semelhante, porém com algumas nuances. A Bíblia é um texto sagrado que reivindica autoridade divina, e os crentes aceitam essa reivindicação. Isso não simplifica o processo de leitura, mas implica em nossa cooperação.

Afinal, a Bíblia, apesar de sua unidade teológica, é uma coleção de livros diversos, cada um com potencial para nos impactar de maneiras distintas. Neste texto, concentraremos nossa atenção em Gênesis 1-11, uma seção que apresenta desafios interpretativos significativos.

Espero que as ideias aqui possam ser aplicadas a outras partes da Bíblia, mas isso é assunto para outra ocasião!

Vídeo: Explicação de Gênesis

Interpretando Gênesis 1–11

Ao nos debruçarmos sobre qualquer passagem bíblica, devemos fazê-lo com a convicção de que Deus inspirou a Bíblia para ser a ferramenta adequada para seu propósito.

Ao compreendermos o tipo de ferramenta que uma passagem específica representa, podemos discernir o trabalho que Deus pretendia realizar através dela.

Isso significa estar disposto a adaptar nossas expectativas e examinar diferentes abordagens para as questões que surgem.

Essa abordagem de leitura possibilita uma compreensão mais completa e significativa de Gênesis 1-11, capacitando os leitores a extrair lições atemporais e aplicáveis às suas vidas cotidianas.

Gênesis 1–11

Uma Abordagem Disciplinada

Para sermos bons leitores, é essencial cooperar com o autor, o que requer o exercício de uma imaginação disciplinada. Felizmente, as ideias de C.S. Lewis oferecem insights valiosos nesse sentido.

Os escritos de Lewis não apenas promovem o pensamento crítico, mas também cultivam habilidades de leitura eficaz. Ele começa suas palestras sobre o épico de John Milton, “Paraíso Perdido”, com uma linha de abertura que ressalta a importância da interpretação:

“A primeira habilidade para avaliar [e interpretar] qualquer obra, seja ela um simples utensílio como um saca-rolhas ou uma estrutura grandiosa como uma catedral, é compreender sua natureza – qual era a intenção por trás dela e como ela foi concebida para ser utilizada.”

Nesta declaração, Lewis chama nossa atenção para três elementos fundamentais de uma obra literária:

  1. O que é: Refere-se à forma literária, estilo e registro da obra.
  2. Qual era a sua intenção: Considera o efeito que a obra busca produzir em seus leitores.
  3. Como é destinada a ser usada: Explora o tipo de público imaginado pelo autor, seus conhecimentos, crenças e o contexto social em que a obra é concebida para ser consumida.

No contexto da Bíblia, devemos acrescentar outra pergunta importante: O que significa para nós acreditar e apropriar esta obra hoje? Essa adição amplia nossa compreensão das intenções e usos da obra, conforme sugerido por Lewis.

Ao adotarmos essa abordagem disciplinada, podemos desenvolver uma compreensão mais profunda e significativa da Bíblia, permitindo-nos extrair lições pertinentes para nossa vida contemporânea.

Entendendo Gênesis 1–11

Então, o que exatamente é Gênesis 1–11? Primeiramente, é importante ressaltar que esses capítulos fazem parte do livro de Gênesis, constituindo sua seção inicial. Gênesis é o primeiro livro do Pentateuco, composto por cinco livros atribuídos a Moisés.

Estes livros desempenham um papel crucial na história de Israel, o povo escolhido por Deus para ser uma bênção para o mundo (como destacado em Gênesis 12:1–3 e Êxodo 19:5–6).

Eles servem como uma espécie de constituição para Israel, oferecendo uma narrativa abrangente que explica sua identidade e propósito, incentivando-os a desempenhar seu papel na história.

Para os cristãos, Gênesis 1–11 também é parte integrante de sua própria história sagrada. Embora seja uma narrativa, todas as narrativas não são idênticas. Esses capítulos não pretendem ser exaustivos em sua cobertura dos eventos, pois todas as narrativas são seletivas em sua abordagem.

A partir de Gênesis 12, a narrativa se torna mais densa, abrangendo um período de tempo mais curto. Portanto, a narrativa concisa de Gênesis 1–11 cria uma sensação de distância temporal em relação aos eventos descritos.

Além disso, todos esses eventos de início estabelecem o cenário para tudo o que se desenrola na narrativa bíblica subsequente. Eles exploram questões fundamentais sobre a condição humana e o estado do mundo:

  • Por que há tanto mal e dificuldade?
  • Por que a humanidade luta para fazer o que é certo?
  • Por que é importante se aproximar de Deus através de rituais de purificação?
  • Por que existem tantas diferenças linguísticas e culturais entre os povos, apesar de suas semelhanças?

Todas essas questões são fundamentais para compreender o restante da narrativa bíblica e a missão do povo de Deus no mundo.

Vídeo: Gênesis 1 e 2

A Natureza Distinta de Gênesis 1–2

Os eventos descritos nos primeiros dois capítulos de Gênesis são notavelmente distintos e únicos: Deus cria o mundo, o preenche com vida vegetal e animal, e forma a humanidade para governá-lo.

O estilo de escrita, especialmente em Gênesis 1, também é notável: os ritmos solenes, a repetição da frase “e houve tarde e manhã, o nth dia”, as classificações gerais das plantas e animais (que não teriam uma utilidade prática para um agricultor).

O termo abstrato para o céu (“expansão”), e o “descanso” de Deus no sétimo dia — interpretado pelos antigos (incluindo os escritores do Novo Testamento) como uma narrativa contínua da história do mundo — todos esses elementos levaram alguns a descrever este trecho como um “poema” ou, mais precisamente, “prosa poética”.

O termo mais apropriado para isso seria “narrativa em prosa exaltada”, e essa designação nos auxilia ao considerarmos como esses primeiros capítulos se relacionam com questões científicas e históricas que inevitavelmente surgem.

Embora os escritores bíblicos sempre tenham tratado esses eventos como história, devemos ter cautela com o termo “história”. Ele simplesmente indica que pessoas reais existiram e eventos reais ocorreram, mas não pré-determina como o autor os representou.

Por exemplo, o autor pode usar elementos simbólicos ou omitir detalhes. Ele pode retratar o céu de uma maneira que não se alinha necessariamente com nossas concepções modernas, sem a intenção de fornecer uma descrição científica precisa.

Gênesis

Qual Era a Intenção de Gênesis 1–11?

Se observarmos atentamente, podemos nos perguntar: qual era a intenção por trás de Gênesis 1–11? Algumas pessoas podem interpretar que essas histórias foram inspiradas por Deus para nos dar algo para debater: Quando esses eventos ocorreram?

Quanto tempo duraram? Que tipo de “evidências” podemos encontrar na pesquisa científica? No entanto, o texto em si não se aprofunda muito em responder a essas perguntas em detalhes, embora estabeleça alguns parâmetros.

Propósitos do Texto

Além de servir como parte da constituição para o povo de Deus, Gênesis 1–11 tem outros propósitos que precisamos considerar.

1. Luz para as Nações

Em primeiro lugar, o texto estabelece aspirações para a comunidade humana ideal, tanto em sua apresentação positiva (como a ideia de ser feito à imagem de Deus e andar com Ele) quanto em sua descrição dos horrores que se seguem à queda da humanidade (como assassinato, corrupção e violência).

Apesar dessas falhas humanas, Deus continua buscando abençoar todas as famílias da terra com o conhecimento de Si mesmo.

2. Base para as Leis Posteriores

Após Gênesis, vêm os livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, que contêm uma variedade de leis e regulamentos. Essas leis lidam com a natureza humana como encontramos em um mundo pós-queda, pressupondo que mesmo entre o povo de Deus haverá aqueles que fazem o mal.

As leis fornecem remédios para os dilemas civis, criminais, sociais e religiosos que surgem e orientam a comunidade na busca da santidade.

A Comunidade Ideal na História da Criação

Se as leis não descrevem a comunidade ideal, onde então aprendemos como essa comunidade deve ser? A resposta pode ser encontrada na história da criação apresentada em Gênesis 1–2.

Aqui, os seres humanos são criados para conhecer e amar o único e verdadeiro Deus, o Criador do céu e da terra, e para formar comunidades que refletem o caráter divino.

Imagem e Semelhança de Deus

Embora acadêmicos possam debater sobre o significado exato dos termos “imagem” e “semelhança” de Deus (Gênesis 1:26) e sua ausência de exposição direta em Gênesis, podemos discernir sua relevância se estivermos atentos.

A Semana de Trabalho de Deus

A história da criação apresenta Deus trabalhando ao longo de uma semana como um trabalhador agrícola. Ele trabalha durante seis dias, “descansando” após o trabalho de cada dia (a noite seguida da manhã delimita o dia), e reserva o sétimo dia como um sagrado “descanso”.

Em seu trabalho criativo, Deus exerce autoridade, criatividade, generosidade e arte. Israel, em sua vida na terra, é chamado a buscar incorporar essas mesmas qualidades em seu trabalho, famílias e comunidades.

Jardim do Eden

Imitação do Caráter de Deus

Além disso, a comunidade humana ideal é aquela em que a imitação do caráter de Deus, como “amor leal e fidelidade” (Êxodo 34:6), floresce entre os membros.

Essa comunidade serve como um convite para o restante da humanidade se unir e ser abençoado, mesmo que sigam deidades falsas. Deus permanece comprometido em trazê-los para a luz e chama Israel a se juntar a Ele nesse propósito.

Pessoas Amorosas e Leais

Ao ler Gênesis 4–11, reconheço muitos aspectos da vida que ecoam em minha própria experiência, e sinto uma mistura de vergonha e tristeza. No entanto, ao voltar meu olhar para Gênesis 1–2, vislumbro algo puro e belo, e experimento uma dor profunda pela perda que Gênesis 3 trouxe.

Em meu âmago, e suspeito que na maioria das pessoas, existe um anseio doloroso por conhecer a Deus sem barreiras, por participar de uma comunidade de adoradores que compartilham desse desejo de incorporar, de maneira finita, o caráter de nosso Criador.

Aspirando por uma Vida Melhor

Gênesis 1–11 está presente para ajudar tanto o antigo Israel quanto o cristão contemporâneo a aspirar por essa vida.

No entanto, também serve para iniciar o importante trabalho de prepará-los para resistir às tentações de se desviarem, de se assimilarem às nações poderosas ao redor, com suas culturas aparentemente superiores e seu poderio político.

O objetivo é recrutar e promover um povo leal ao verdadeiro Deus e aos Seus caminhos, em meio aos desafios e tentações do mundo ao seu redor.

Vídeo: Gênesis 1-11

Como Utilizar Gênesis 1–11?

Para compreender como utilizar adequadamente o trecho de Gênesis 1–11, devemos considerar o seu primeiro público-alvo. O texto nos convida a imaginar as pessoas que seguirão Josué até a terra prometida como esse público inicial.

Cada geração subsequente de Israel — e também dos cristãos — são os herdeiros desse primeiro público. Embora nossa experiência diária possa diferir em muitos aspectos da deles, a história ainda exerce influência sobre nós.

Vida Diária e Conhecimento

Essas pessoas viviam em comunidades, incluindo famílias, clãs e tribos, onde a agricultura de subsistência era a norma. Sua vida cotidiana envolvia cuidar de animais e cultivar alimentos para sustentar suas famílias ano após ano.

Devemos lembrar que o estilo de vida nos livros como “A Pequena Casa na Pradaria” está mais próximo da realidade deles do que a nossa sociedade moderna desenvolvida.

Apesar de serem agricultores, não eram simples; sua sobrevivência exigia conhecimento e habilidade, especialmente durante os quarenta anos no deserto do Sinai.

Conhecimento e Tentação

Eles possuíam conhecimento sobre conceitos básicos da reprodução humana e sobre a importância das famílias e clãs na criação dos filhos.

Além disso, estavam cientes das histórias de origem e propósito do mundo presentes em outras culturas, muitas vezes envolvendo múltiplas divindades.

Dependência e Desafios

Como seres humanos, enfrentavam tentações comuns, como roubo e calúnia, além de serem dependentes das condições externas, como o clima e a fertilidade dos solos e dos animais.

A vida na Palestina exigia preocupações com as chuvas sazonais, pragas e segurança contra invasores e bandidos. Um sistema social estável e uma justiça confiável eram essenciais para sua sobrevivência.

Portanto, ao utilizar Gênesis 1–11, é crucial considerar o contexto histórico e cultural dessas comunidades antigas, bem como os desafios e tentações que enfrentavam em sua vida diária. Essa compreensão nos ajuda a aplicar os princípios atemporais contidos nesses capítulos à nossa própria vida e contexto contemporâneo.

Garantindo a Confiança no Padrão

Para garantir a confiabilidade deste padrão, devemos reconhecer a vulnerabilidade das pessoas às tentações e desafios de sua época.

As divindades adoradas por outros povos prometiam atender às necessidades básicas, como fornecer chuva e sol na medida certa, garantir a fertilidade do gado e trazer segurança ao nascer de bebês. Embora idolatria fosse errada, é importante entender a fragilidade dessas pessoas diante das tentações.

Leitura à Luz das Necessidades do Público

Na tradição judaico-cristã, houve uma compreensão aguçada dessa dinâmica entre o texto e seu público-alvo.

John Colet, um proeminente teólogo inglês do início da Reforma, destacou que Moisés organizou os detalhes de Gênesis 1-11 de forma a proporcionar uma compreensão clara ao povo, adaptando-se ao espírito da simplicidade rústica.

Essa abordagem reconhece a necessidade de fortalecer a lealdade das pessoas ao Senhor e sua resistência às tentações.

Ler com Sabedoria e Aplicação

Portanto, para ler Gênesis 1–11 com sabedoria, devemos nos perguntar como esses relatos fortaleciam o público original em sua fidelidade a Deus e sua capacidade de resistir às tentações de sua época.

Em seguida, devemos considerar como esses mesmos princípios podem nos fortalecer e orientar em nossa própria jornada espiritual e moral.

Essa abordagem nos permite extrair lições relevantes e atemporais desses relatos antigos, aplicando-as de maneira significativa em nossas vidas contemporâneas.

Fortalecendo a Comunidade

Gênesis 1–11 deveria fortalecer a comunidade por meio da leitura pública e da explicação das Escrituras pelo sacerdote durante os rituais de adoração. Embora a leitura pessoal da Bíblia seja valiosa, no antigo Israel, os crentes encontravam as Escrituras principalmente durante essas ocasiões coletivas.

Tradição da Leitura Pública

A tradição da leitura pública das Escrituras remonta aos tempos do antigo Israel. Era uma prática regular durante eventos significativos, como as reformas do Rei Josias e a restauração da comunidade sob Esdras.

Essas ocasiões eram momentos emocionantes, intensificando o senso de identidade da comunidade e reafirmando seus objetivos e propósitos.

Renovação da Identidade e Propósito

A leitura pública ajudava a comunidade a relembrar sua história e identidade, reforçando sua conexão com Deus e com os propósitos pelos quais foram chamados.

Esperava-se que as famílias discutissem o conteúdo das Escrituras regularmente em seu ambiente doméstico, incorporando os ensinamentos em sua vida cotidiana.

Essa prática refletia o mandamento de amar a Deus com todo o coração, alma e força, colocando em prática a responsabilidade de cada membro da comunidade de viver em fidelidade aos princípios divinos.

A criação do Homem

O Povo de Deus na História de Deus

Gênesis 1–11 é o início da Grande História que define não apenas Israel, mas toda a humanidade. Nessa narrativa, Deus cria um mundo bom, mas essa perfeição é manchada pela queda humana no pecado.

No entanto, Deus continua ativo, buscando redimir suas criaturas e o mundo inteiro, culminando em um julgamento final e uma consumação completa.

Portanto, esse relato deve ser lido em contextos de adoração pública, onde as pessoas buscam sua verdadeira identidade em Deus e renovam sua lealdade a ele.

Admirando a Obra de Deus

Além disso, Gênesis 1–11 convida os leitores a admirar o Criador e sua obra maravilhosa. Ao contemplar a beleza e complexidade da criação, somos levados a reconhecer a soberania de Deus sobre o mundo.

Essa narrativa nos ajuda a perceber que o mundo não é um concorrente de nosso amor por Deus; pelo contrário, podemos amar e admirar o Criador enquanto apreciamos sua criação.

Relação com a Ciência

É importante notar que Gênesis 1–11 não se preocupa com teorias científicas específicas, mas reforça a singularidade da humanidade e a ação soberana de Deus na criação.

Embora não seja uma narrativa científica, ela estabelece limites para o pensamento crítico, especialmente quando se trata da ação divina e da singularidade da humanidade.

A boa ciência, portanto, não precisa excluir Deus ou milagres, e os cientistas devem seguir critérios rigorosos de pensamento, reconhecendo suas limitações em campos fora de suas especialidades.

A Leitura Sábia de Gênesis 1–11

Uma leitura sábia de Gênesis 1–11 envolve cooperar com a intenção expressa por Moisés através de uma imaginação disciplinada. Isso começa colocando-nos nos sapatos da primeira audiência, nossos antepassados espirituais.

Devemos considerar suas preocupações, como esses capítulos abordam questões relevantes para eles e como os fortalecem contra o medo e a tentação.

Devemos refletir sobre como esses capítulos moldam a postura em relação a outros grupos étnicos, promovendo um sentido de missão como veículos de bênção para os gentios, e inspirando aspirações por uma comunidade ideal que reflete o caráter sagrado e benevolente de Deus.

Relevância para os Cristãos

Como cristãos, herdeiros dos privilégios e chamados de Israel, Gênesis 1–11 fortalece nossa lealdade ao nosso Criador e Redentor.

Ele nos ajuda a resistir à assimilação às culturas ao nosso redor, capacitando-nos a ser sal e luz em meio a elas.

Nossas igrejas podem servir como comunidades que facilitam o florescimento da imitação de Deus, enquanto abordamos abertamente o anseio profundo em cada alma e fornecemos a certeza de que há uma resposta para esse anseio na família redimida de Deus.

Análise Final

Portanto, além de estabelecer os fundamentos da fé judaico-cristã, Gênesis 1–11 oferece uma visão profunda da condição humana e do plano redentor de Deus para a humanidade, servindo como um ponto de partida essencial para a compreensão dos livros subsequentes da Bíblia.

Referências Bíblicas:

  1. Gênesis 1:1–11:32
  2. Gênesis 12:1–3
  3. Êxodo 19:5–6
  4. Êxodo 34:6
  5. Levítico 10:11; 23:3
  6. Deuteronômio 4:6–8; 6:5–7; 31:9–13
  7. Neemias 8:3
  8. 1 Reis 8:41–43
  9. João 20:30–31
  10. Romanos 4:11; 11:17
  11. 1 Pedro 2:9–10

FAQ sobre Gênesis 1-11

  1. Qual é a importância de Gênesis 1-11 na Bíblia? Gênesis 1-11 serve como uma introdução crucial para a narrativa bíblica, estabelecendo fundamentos teológicos e históricos essenciais para compreender o restante da Escritura. Esses capítulos abordam a criação, a queda da humanidade, o dilúvio e as origens da diversidade étnica.
  2. Como devemos interpretar os eventos descritos em Gênesis 1-11? A interpretação desses eventos pode variar entre literal e simbólica, dependendo da perspectiva teológica e hermenêutica. Alguns veem esses relatos como históricos e literais, enquanto outros os interpretam como mitológicos ou alegóricos.
  3. Qual é a mensagem principal transmitida em Gênesis 1-11? Gênesis 1-11 destaca a soberania de Deus como Criador, a queda da humanidade devido ao pecado, a promessa de redenção e o propósito de Deus em abençoar todas as nações através de seu povo escolhido.
  4. Como podemos aplicar os ensinamentos de Gênesis 1-11 em nossas vidas hoje? Esses capítulos nos convidam a refletir sobre nossa relação com Deus, o propósito da humanidade e nossa responsabilidade de viver em retidão e obediência. Eles também nos lembram da importância da fidelidade a Deus em meio às tentações e desafios do mundo.
  5. Gênesis 1-11 contradiz a ciência moderna? Embora alguns aspectos dos relatos em Gênesis 1-11 possam parecer em desacordo com certas interpretações científicas, muitos crentes conciliam a fé com a ciência, vendo a narrativa como uma expressão teológica da criação que não necessariamente entra em conflito com descobertas científicas.
  6. Qual é o papel de Gênesis 1-11 na formação da identidade religiosa e cultural de Israel? Esses capítulos estabelecem a base para a identidade religiosa e cultural de Israel, delineando sua relação especial com Deus, sua missão como povo escolhido e suas origens históricas.
  7. Como podemos ler Gênesis 1-11 com sabedoria? A leitura sábia desses capítulos envolve uma compreensão cuidadosa do contexto histórico, cultural e literário, bem como uma busca pelo significado teológico subjacente. É importante considerar a mensagem central e aplicá-la de forma relevante às nossas vidas e contextos contemporâneos.

Livros sugeridos:

Livro Gênesis – Comentário Expositivo

Box Pentateuco Para Todos

Gênesis 1 e 2

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